domingo, 14 de agosto de 2011

MEU PAI, MEU AMIGO


Dia dos pais é o momento de rememorar. E eu me lembro do meu pai com duas imagens bem marcantes: a do pai sério e a do pai provedor.
A primeira está associada à figura carrancuda de papai, que pouco sorria e estava sempre presente, onipresente, para nos corrigir, às vezes apenas com aquele olhar gelado que nos fazia tremer...
A segunda é a do homem responsável que não deixava faltar nada em casa: comida, remédios, roupas, material escolar, livros, um passeiozinho de vez em quando, sapatos, os eletrodomésticos que mamãe pedia, os presentes nas datas especiais.
Papai sempre teve, para todos nós, uma imagem de muita austeridade.
Mas aí mamãe morreu, em 2001. E papai sofreu muito, ficou muito só, enfraqueceu e começou a sentir as moléstias da situação e da idade. Papai mudou.
Os filhos, já todos crescidos, perceberem que papai mudou e se achegaram mais a ele.
E, da relação pai e filho, viramos amigos. Amigos e confidentes. Confidentes e conselheiros. Conselheiros e cúmplices.
E aquele pai que tinha uma imagem tão fria agora é um amigo caloroso. Daqueles que a gente abraça, beija e diz “eu amo você” sempre que tem oportunidade.
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De filho, eu virei também pai – é a lei da vida. E eu, desde cedo, procurei fazer o dever de casa, o da conquista e da amizade. Para não correr riscos.
Amo ser filho. Amo ser pai. “Amo muito tudo isso”, como diz na propaganda do Macdonald’s.

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